sábado, 25 de julho de 2015

#review06 - "Ferramentas dos Deuses", de Fábio Bahia de Oliveira

As ferramentas de Fábio



Sou apaixonado por contos. Lê-los e escrevê-los são mesmo atitudes prazerosas, ainda mais quando se pode compartilhá-los.  De fato, contos podem ser as melhores histórias, talvez por serem narrativas curtas e práticas, que não cansam nem desgastam nossa mente com sua leitura.
Em Ferramentas dos Deuses (2014), Fábio Bahia nos trás histórias novas sobre seres mitológicos, deuses e até fatos da atualidade. São 10 contos trabalhados de maneira culta e educativa, com uma pitada de humor e ─ por que não? ─ loucura.
O autor baiano faz alusão a Netuno, Thor, Pã e até Lúcifer, e atribui cada uma de suas ferramentas a pessoas e lugares do mundo atual. Logo, cada narração expressa o ponto de vista de alguém a respeito de cada símbolo retratado.
Gostaria muito de contar um pouco de cada conto, mas seria chato da minha parte por dois motivos: eu contaria TUDO aqui (risos) e cansaria você, que deve estar lendo agora. Então vamos aos 3 que escolhi.
O Martelo de Thor, por exemplo, é um conto inspirado no deus Thor da mitologia nórdica, cujo martelo porta(va) poderes inumanos, capazes de, principalmente, invocar raios de Thor sabe onde. Na versão de Fábio, um jornalista vai investigar o dono de uma fazendo onde, mesmo na seca, tudo é sempre vivo e verde ─ graças a um dos poderes do martelo. Nisso, o repórter acaba descobrindo que o dono dessa fazenda é o portador da arma do deus trovão, graças a um acontecimento inesperado do qual não posso falar.
Em Encontro Folclórico, um famoso caçador, a quem é chamado de Caçador mesmo, resolve ir à caça em uma reserva florestal e acaba encontrando alguns seres do nosso folclore, enganando alguns deles, porém, sendo aprisionado por um em especial.
E, no que escolhi por ser o mais engraçado de todos, Preciosos, o funcionário de uma repartição conta como seu colega, um tremendo “mão-fechada”, conseguiu colocar os bofes de todo mundo para fora com um almoço um tanto... exótico.
Fábio fez questão de mostrar, com essas histórias curtas, alguns sermões, como se fossem mesmo fábulas. Foram expostas morais ─ talvez renovadas pelo autor ─ de histórias antigas e novas, pontos de vista críticos e com todo sentido e fatos cômicos completamente malucos. No mais, foi uma leitura divertida e saborosa, com o mais belo teor de classe.

Um comentário:

Fábio Bahia disse...

Excelente resenha meu caro, uma visão única, perspicaz e lúdica sobre meu livro. Seus comentários diferenciam-se te todos já feitos, parabéns!